Category Archives: Desporto

A última edição da GuestList

A nova edição da GuestList é de luxo!

Chegámos ao fim deste projecto inovador que nasceu em 2010.

Ainda bem que fiz parte disto :)

Galeria

Cartoonista do New York Times corre e desenha melhores momentos da maratona de Nova Iorque, em simultâneo

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O cartoonista do New York Times, Christoph Niemann, desenhou a maratona de Nova Iorque enquanto participava na corrida, fazendo os cartoons aos mesmo tempo que corria, partilhando os melhores momentos e os melhores esboços no Twitter e no seu Blog. … Continuar a ler

Robot nomeado para transportar a chama olímpica

O transporte da chama olímpica permite que muitos se envolvam na maior competição desportiva do mundo e, este ano, também um robot poderá ter essa sorte, tendo sido nomeado por um cientista de computação da Universidade de Aberystwyth.

A revista NewScientist noticia esta nomeação para o Transporte da Chama dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, uma estreia na história do evento desportivo. O especialista em computação James Law, da Universidade de Aberystwyth, nomeou iCub, um robot desenhado para aprender com o mundo, como uma criança humana.

O objectivo desta participação especial é prestar tributo ao lendário cientista da computação Alan Turing, “porque 2012 marcará o 100º aniversário do nascimento do fundador da ciência da computação e uma figura de vanguarda nas tentativas de quebra dos códigos das comunicações nazis durante a II Guerra Mundial”, explica Law à NewScientist. “Um portador da tocha robot seria uma homenagem à medida de Alan Turing e uma inspiração para as futuras gerações de cientistas e engenheiros.”

A nomeação foi patrocinada por um dos parceiros da organização dos Jogos Olímpicos 2012, o banco Lloyds TSB, que trabalha a par da Coca-Cola e da Samsung na promoção e produção do evento. Agora, falta a aprovação da comissão organizadora, que receberá, só deste banco, 800 nomeações. No site, o Lloyds TSB diz que procura “pessoas que fizeram a diferença na sua comunidade local e que tenham uma história que inspire os outros”. Os critérios básicos para a candidatura ser aceite são viver no Reino Unido e ter idade superior a 12 anos. A organização questiona se o robot realmente viverá no Reino unido, uma vez não estar vivo. A questão da idade foi contornada com o robot a candidatar-se como tendo 100 anos de idade, como teria Alan Turing.

iCub, o robot desenhado para aprender com o mundo como uma criança

O iCub faz parte de um projeto de investigação do Grupo de Desenvolvimento da Robótica da Universidade, inspirado em ideias da neurociência e da psicologia sobre estratégias de aprendizagem para robots com base na tradução dos processos de aprendizagem das crianças. O robot representa um investimento global de 5,9 milhões de euros pagos pelo Sétimo Programa da Comunidade Europeia para Sistemas Cognitivos, Interação e Robótica. “Alan Turing criou um dos primeiros desenhos de um computador com armazenamento de informação e lançou as bases para o campo da Inteligência Artificial. Essas conquistas levaram à era computadorizada em que vivemos hoje e preparou o caminho para a pesquisa em robótica”, disse Law.

As candidaturas já fecharam e agora é preciso escolher as oito mil pessoas que vão, de facto, transportar a chama olímpica pelo Reino Unido, durante 70 dias a partir de 19 de Maio, por mais de oito mil quilómetros. O último estafeta a transportar a chama fá-lo-à já no Estádio Olímpico durante a cerimónia de abertura de 27 de Julho, abrindo oficialmente os XXX Jogos Olímpicos.

in RTP

LUGARES

Voxpop: Vai querer bater em árbitros? – SÁBADO

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Primeira jornada da nova liga de futebol, primeiras polémicas em torno da arbitragem. Um filme que se deverá repetir nos próximos fins-de-semana, até porque Benfica, Porto e Sporting jogam o tudo ou nada esta época – com investimentos de dezenas de milhões de euros em novas contratações.

A SÁBADO online ouviu a opinião dos adeptos e nem a agressão ao árbitro Pedro Proença no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, há duas semanas, sensibilizou os mais fanáticos.

Por Joana Tadeu e imagem de Joana Mouta

in SÁBADO

OPINIÃO

Na gruta dos 10 mil morcegos – SÁBADO

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A SÁBADO lançou o desafio a Sofia Reboleira: acompanhar uma expedição à gruta onde a bióloga tinha encontrado algumas das cinco espécies novas descobertas nos últimos anos.

“Tem a certeza?”, perguntou a espeleóloga em tom condescendente. “Então tragam galochas”, avisou perante a insistência.

A jornalista levou, o fotógrafo não. Má ideia.O fato-macaco que a espeleóloga usa para explorar as grutas prova o quão duro e sujo este trabalho é. E desistir começou a parecer uma óptima opção.

Ainda assim, a SÁBADO avançou por entre o arame farpado do terreno perto de Cantanhede até à entrada da gruta – cuja localização não pode ser revelada para que “as ideias não sejam divulgadas antes de serem publicadas”, diz Sofia Reboleira referindo-se aos biólogos concorrentes.

“Normalmente o dono disto não se importa, mas se um dia construir aqui uma casa, nunca mais nos deixa passar. Tenho de despachar a investigação aqui.”

Sofia Reboleira levava um fato polar vermelho por baixo de um fato-macaco impermeável com umas galochas incorporadas.

A SÁBADO estava num estilo mais casual: calças de ganga, ténis e luvas emprestadas. E os três de capacete – regra básica de segurança – e com lanternas na testa para ver o caminho.

À entrada da gruta a bióloga continuou: “Têm a certeza? Vão ficar sujos, molhados e há bichos por todo o lado. Houve um colega vosso da televisão que andou três metros lá para dentro e decidiu fazer a reportagem à porta.” Mas desta vez não há volta a dar.

Em menos de três metros voltaram as hesitações. Nas paredes, no chão e no tecto, naquele apertado corredor de rocha, havia aranhas gigantes penduradas por todo o lado.

“É bom sinal quando se vêem muitas aranhas. Elas vêm do exterior, por isso, se estivermos perdidos, significa que estamos a chegar à saída”, explica a bióloga. A equipa avança. “Têm a certeza? Elas mordem”, insiste Sofia Reboleira.

“Isto escorrega muito, por isso, ponham as mãos no chão”, diz a especialista ao chegar a um buraco estreito que dá acesso à primeira galeria.

“Falem baixinho para não acordámos os morcegos”, recomenda a guia. Sofia Reboleira garante que não se agarram aos cabelos mas depois acrescenta que voam contra as pessoas e que, se fossem incomodados, chegavam mesmo a morder. “Você também mordia, não mordia?”

Passado o buraco, chega-se a um beco sem saída. Afinal, o caminho era para cima.“Quem é que quer subir primeiro?” A expedição começa a parecer cada vez mais um jogo de computador: sempre que se ultrapassava um nível, surgia outro mais difícil. E agora era preciso escalar uma parede coberta de argila escorregadia. Parecia enorme mas afinal só tinha dois metros e meio de altura. Lá em cima, mais um túnel – onde só passa um corpo deitado.

“Sentem-se bem? Querem continuar? Isto é muito estreito, vejam lá se querem voltar para trás.” A brincadeira não perdia a piada para a investigadora da Universidade de Aveiro.

A gruta cheira mal por causa das fossas das casas que estão junto à superfície, segundo Sofia Reboleira que prefere nunca falar sobre os acidentes destas investigações.

Até porque “agora temos de voltar tudo para trás”, diz. O que significa dar umas quantas cabeçadas nos túneis, voltar a rastejar na lama, passar ao lado das aranhas, e chegar ao mundo com um frio terrível.

Sofia Reboleira sonhava enfiar-se nas grutas desde os seis anos, depois de visitar as turísticas da Serra de Mira de Aire. No liceu, nas Caldas da Rainha, juntou-se ao núcleo de espeleologia da escola e aprendeu as regras de segurança e as técnicas de progressão.

Depois foi estudar Biologia para Aveiro e percebeu que os dois mundos se podiam cruzar. Foi para Tenerife aprender como juntar as duas áreas que a apaixonam, porque em Portugal, isto dos biólogos estudarem debaixo da terra ainda é uma novidade.

Juntou-se ao instituto CESAM, de investigação do ambiente e estudos marinhos, fez o mestrado em Ecologia, Biodiversidade e Gestão de Ecossistemas e já está a fazer o doutoramento na Universidade de Aveiro.Em 2008 ganhou o Prémio de Mérito Cientifico-espeleológico, atribuído pela Federação Portuguesa de Espeleologia.

“Quando percebi que havia animais que viviam nas grutas, foi a cereja no topo do bolo”.

Por Joana Tadeu, imagem de Ricardo Pereira, montagem de Joana Mouta

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in SÁBADO

LUGARES