O desemprego… outra vez

Colaboração com o jornal universitário de Coimbra, A Cabra.

“E quem não salta, é do Governo!”

O país está em crise e o povo já não gosta do Governo que escolheu. Um mar de gente e palavras de ordem despertou a rotineira cidade de Lisboa e denunciou os culpados. O convite da CGTP-IN para a manifestação do passado dia 13 de Março levou quase 200 mil pessoas a desfilarem do Marquês de Pombal aos Restauradores, exigindo mais emprego, mais salários e mais direitos.

“O Governo e as grandes empresas estão a usar a crise como chantagem para pressionarem os trabalhadores para que se sujeitem a trabalhar com menos direitos e piores condições”, denuncia um trabalhador da administração local de Avis. A aversão ao poder não podia ser mais óbvia quando milhares de pessoas, num movimento colectivo sincronizado, saltaram ao ritmo dos gritos E quem não salta, é do Governo!. Conceição Carvalho, auxiliar da acção educativa e delegada sindical em Coimbra, afirma marcar sempre presença nas manifestações. “Estou aqui para denunciar este Governo responsável por prejudicar os trabalhadores. Precisávamos de outro 25 de Abril”, afirmou, ao som da Grândola de Zeca Afonso.

Uma estudante de Lisboa foi pela primeira vez a uma manifestação, afirmando estar solidária com os trabalhadores. “Esta crise e este desemprego trouxeram mais gente à rua. Digo a quem não veio para vir. Manifestarmo-nos é uma forma de defendermos os nossos direitos, conquistarmos o que queremos e precisamos.”, disse. No meio da multidão, alguém respondeu: “os que não vêm são pobres de espírito!”. Provavelmente…

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