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Primeiro foguetão privado chega ao espaço

Três dias após o lançamento falhado, a plataforma da Flórida, nos Estados Unidos, lançou o foguetão privado após a contagem decrescente, sem problemas. Dez minutos depois, a cápsula Dragon separou-se do resto do foguetão e atingiu a órbita da Terra, devendo chegar à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em Inglês) na próxima sexta-feira. A ancoragem será feita com o braço robótico da ISS, controlado por dois dos seis astronautas a bordo da Estação.

Começa assim a era dos voos espaciais comerciais, orientados para o lucro em vez da curiosidade científica. A SpaceX – Space Exploration Technologies Corp – faz história, ao ser a primeira empresa privada a enviar quase 500 quilos de mantimentos para a ISS, função antes cumprida apenas pelos governos.

No sábado os motores propulsores do Falcon 9 foram parados pelos computadores que abortaram automaticamente a descolagem no último segundo da contagem decrescente, devido a um problema numa das válvulas, que foi entretanto substituída.

Antes de se ancorar à Estação Espacial, a cápsula Dragon vai executar uma série de exercícios e manobras práticas de modo a garantir o seu correto e seguro funcionamento. Depois de uma semana ancorada à estação espacial, a cápsula regressará à Terra, sendo a primeira nave de carga não tripulada a poder aterrar no planeta em segurança, sendo que todas as que foram enviadas anteriormente desapareciam em chamas ao entrarem na atmosfera.

Astronautas americanos dependentes da Rússia

Depois dos cortes orçamentais no seu programa de exploração espacial, a NASA está a sondar os privados para responsabilizar uma empresa pelos lançamentos norte-americanos e assumir as viagens orbitais neste período anterior às viagens tripuladas.

Até à reforma dos vaivéns da NASA no verão de 2011, a agência espacial americana garantia a chegada de mantimentos, materiais, equipamento e até de membros da tripulação. Agora, os astronautas norte-americanos que habitam a ISS estão completamente dependentes dos foguetões russos Progress, podendo apenas virar-se para os engenhos europeus ATV ou os japoneses HTV, a menos que a SpaceX, ou um dos seus competidores, assuma essa reponsabilidade.

O objetivo, será, segundo a NASA, que uma destas companhias envie astronautas ao espaço a partir dos Estados Unidos, meta que a SpaceX conta conseguir atingir em menos de tês ou quatro anos, segundo informou a empresa à Associated Press.

Lançamento custou um milhar de milhão de dólares

Twitter de Elon Musk, dono e fundador da SpaceX.A SpaceX foi fundada há dez anos pelo bilionário Elon Musk, conhecido por ser co-fundador da PayPal e gerir a Tesla Motors, uma empresa que produz carros elétricos. Musk, de 40 anos, investiu milhões de dólares do seu próprio dinheiro na empresa e a NASA contribuiu com 381 milhões de dólares (investimento público) como capital inicial para o desenvolvimento do Falcon 9.

Como descreveu o fundador, gestor e diretor de design da SpaceX, Elon Musk, o lançamento desta manhã “foi como o Super Bowl“. Pessoas em todo o mundo – e os tripulantes da Estação Espacial – estavam de olhos postos no foguetão e acompanharam o seu lançamento. A Casa Branca emitiu imediatamente um comunicado a congratular a empresa.

Veja aqui a entrevista de Elon Musk ao 60 Minutes, sobre a corrida ao espaço.

“Senti cada gota de adrenalina do meu corpo”, disse Musk. “É obviamente um momento extremamente intenso.”

Sendo a empresa um dos principais investidores nas energias renováveis nos EUA, a cápsula será, em grande parte, alimentada por energia solar. “Nunca foram implantados painéis solares no espaço. Uma série de coisas poderia ter corrido mal”, explicou Musk.

“Havia tanta esperança depositada no lançamento do foguetão que, quando tudo funcionou, a Dragon foi enviada para o espaço e os painéis solares implantados sem problemas, as pessoas viram a sua obra operacional no espaço e sentimos todos uma alegria tremenda. Para nós, é como vencer o Super Bowl.”

Falcon 9 elevou-se a 340 quilómetros da superfície da Terra em apenas 10 minutos, a cápsula Dragon ejetou-se e abriu os seus painéis solares. As comunicações funcionam. O primeiro lançamento comercial foi bem sucedido.

‘SCOTTY’ TAMBÉM FOI PARA O ESPAÇO

A cápsula da SpaceX leva também as cinzas do ator James Doohan, ‘Scotty’ na série Star Trek, bem como as de outras 307 pessoas. Já em agosto de 2008 a empresa tinha tentado realizar o desejo de ‘Scotty’, mas a cápsula Falcon 1 explodiu após a descolagem. Esta manhã foi enviado um frasco com 7 gramas das cinzas do ator que morreu em 2005.

Cada família pagou um mínimo de 2 995 dólares (2 339 euros) para enviar os seus entes queridos para lá da atmosfera da Terra, nove minutos após o lançamento do foguetão.

Os frascos com cinzas ficam na órbita da Terra. Dez a 240 anos depois, reentram na atmosfera, vaporizando-se como uma estrela cadente.

in RTP

Obama distribui ultimatos por “um mundo sem armas nucleares”

O Presidente norte-americano garantiu hoje, em Seul, que vai prosseguir com o objetivo de atingir “um mundo sem armas nucleares”, dizendo mesmo que os Estados Unidos têm mais bombas atómicas “do que precisam”. Prometeu discutir a questão do controlo de armas com Vladimir Putin numa reunião em maio, fez um ultimato ao Irão e avisou a Coreia do Norte para as consequências que terão novas “provocações”. Barack Obama discursou diante de alunos da Universidade de Hankuk imediatamente antes do início da II Cimeira de Segurança Nuclear, que reúne 53 representantes internacionais na capital da Coreia do Sul.

Falando antes da cimeira que vai decorrer até terça-feira em Seul, Obama discutiu a perspetiva de novas reduções no arsenal nuclear dos EUA, preparando-se para discutir medidas concretas contra a ameaça do terrorismo nuclear com líderes mundiais.

“Falo como um pai que não quer ver as filhas a crescer num mundo com ameaças nucleares”, disse Obama aos estudantes sul-coreanos, que o aplaudiram.

“Já podemos dizer com confiança que temos mais armas nucleares do que precisamos”, disse o Presidente dos EUA aos estudantes da Universidade de Hankuk, prometendo também trabalhar com a Rússia e a China no sentido de também diminuírem os respetivos arsenais.

Lembrou que representa o único país que alguma vez usou armas nucleares, enfatizando a posição privilegiada dos EUA para assumir a vanguarda no sentido da mudança em relação às políticas de segurança, mas acrescentou a necessidade de “um esforço global sustentado e sério”.

Durante a sua intervenção na Universidade de Hankuk, Obama defendeu ainda que o terrorismo nuclear continua a ser uma das principais ameaças globais. Porém, lembrou que, nos últimos dois anos, foram alcançados grandes progressos para dificultar o acesso de terroristas a material para fabrico de armas atómicas.

O Chile entregou urânio altamente enriquecido aos EUA, o Cazaquistão mudou combustível irradiado para um depósito seguro e a Ucrânia transferiu o material nuclear para um local de armazenamento sob a tutela de autoridades russas.

“Mas não temos ilusões. Sabemos que muito material nuclear – suficiente para muitas armas – ainda está a ser armazenado sem proteção adequada”, ressalvou Barack Obama. “Sabemos que os terroristas e os grupos criminosos estão a tentar consegui-lo”, alertou.

Coreia do Norte dominará discussão

A situação na Coreia do Norte deverá dominar a II Cimeira de Segurança Nuclear, apesar de o tema estar fora da agenda oficial. O debate não terá a participação de Pyongyang.
Cimeira de SeulÉ a maior discussão internacional na área de segurança nuclear, com a participação de 47 líderes estatais e de representantes de organizações internacionais (ONU, EU e AIEA e Interpol).

Nos dias 26 e 27 de Maio serão discutidas medidas internacionais de cooperação para combater a ameaça do terrorismo nuclear, proteção de materiais e instalações nucleares e de prevenção do seu tráfico ilícito.

A República da Coreia, como país anfitrião da conferência, irá desempenhar um papel de liderança na coordenação dos pontos de vista dos países participantes sobre as principais questões de segurança nuclear e irá liderar as discussões sobre a elaboração do Comunicado de Seul, o documento final da Cimeira.

A seleção daquele país como anfitrião da Cimeira de 2012 reflete o reconhecimento da comunidade internacional da qualidade da sua tecnologia nuclear e o seu uso para fins pacíficos.

Dirigindo-se diretamente às autoridades da Coreia do Norte, Obama afirmou que os EUA não têm “intenções hostis” em relação ao país, mas que não haverá “recompensas para as provocações”.

Obama alertou Pyongyang que o lançamento de um foguete para pôr um satélite em órbitra irá apenas isolar mais o país, uma vez que a comunidade internacional acredita que se trata de um lançamento de míssil de longo alcance disfarçado. Está anunciado para meados de abril, altura em que se celebra o centenário do ex-líder Kim Il-sung.

Este lançamento contraria um acordo alcançado no mês passado, que estipulava que a Coreia do Norte receberia ajuda alimentar em troca de um congelamento parcial das atividades nucleares e o fim dos testes de armamento.

“Poderão continuar na estrada que estão hoje, mas nós sabemos até onde é que essa estrada vai”, disse Obama, dirigindo-se diretamente aos líderes norte-coreanos. “Hoje, nós dizemos: Pyongyang, tenham a coragem de procurar a paz”.

Obama discursou em conferência de imprensa com o Presidente sul-coreano Lee Myung-bak. “É um padrão com décadas, que leva a Coreia do Norte a pensar que se agir provocadoramente, irá de alguma forma ser subornada para desistir de faze provocações”, explicou Obama. “O Presidente Lee e eu decidimos que vamos quebrar esse padrão.”

A Coreia do Sul avisou que tenciona abater o foguete caso se aproxime demais do seu território. “Estamos a preparar medidas para controlar a trajetória do míssil e derrubá-lo se, por acaso, se desviar da rota planeada e caia no nosso território”, disse um porta-voz do Ministério da Defesa.

Irão sob ultimato

Barack Obama alertou também o Irão que já não resta muito tempo para resolver, por via diplomática, a crise aberta pelo programa nuclear iraniano.

Medo em crescendo
Desde o colapso da União Soviética, em 1991, tem havido preocupações crescentes sobre a possibilidade de materiais nucleares caírem nas mãos de terroristas. Nos EUA, as preocupações foram dilatadas depois dos ataques do 11 de Setembro de 2001. Desde então, Washington e os seus principais aliados estão convencidos de que a Al-Qaeda está a tentar obter material para construir uma bomba nuclear ou radioativa.
Barack Obama estabeleceu altas expectativas num discurso que fez em 2009, em Praga, em que declarou que era hora de procurar “um mundo sem armas nucleares”, e foram os seus discursos proferidos no sentido desse objetivo que lhe garantiram o Prémio Nobel da Paz.
Em abril de 2010, o Presidente dos EUA convocou uma reunião que estabeleceu o objectivo ambicioso de garantir a proteção de todos os materiais nucleares, em todo o mundo, no prazo de quatro anos.
A Cimeira de Seul realiza-se hoje e manhã para criar um novo plano estratégico que permita alcançar esse objetivo. Alguns países veem este processo como altamente intrusivo e uma ameaça à soberania, o que dificulta a discussão.

Acusou o país de ter tomado “o caminho da mentira, negação e engano”, mas garantiu que “ainda há tempo para resolver o problema por via diplomática”: “Eu prefiro sempre resolver as questões de forma diplomática, mas o tempo urge. O Irão terá de agir com a seriedade e o sentido de urgência que o momento pede”.

“Os tratados [internacionais sobre armas nucleares] são vinculativos, as normas são para respeitar e as violações terão consequências”, disse Obama, lembrando que o Irão deve aproveitar a oportunidade que representam as próximas conversações previstas com o G5+1, o grupo que reúne os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Rússia, China, Reino Unido e França – e a Alemanha, que deverão ter lugar no próximo mês, em princípio em Istambul, na Turquia.

Teerão garante que o seu programa nuclear é puramente pacífico, mas Israel e as nações ocidentais acreditam que o país se move em direção à construção de uma bomba nuclear que poderia mudar o equilíbrio regional de poder. Obama pediu a Israel para adiar quaisquer ataques preventivos a instalações nucleares iranianas, de forma a dar mais tempo a possíveis soluções diplomáticas, à base de sanções.

“Hoje, vou reunir-me com os líderes da Rússia e da China, enquanto trabalhamos para alcançar uma resolução na qual o Irão cumpra as suas obrigações”, acrescentou Obama.

Rússia e China negoceiam arsenal nuclear

Na mesma ocasião, o Presidente dos EUA disse que estava ansioso por se encontrar em maio com o recém-eleito Presidente russo, Vladimir Putin, para discutir novos cortes nas armas nucleares.

Obama pretende dar seguimento ao pacto New Start, o Tratado de Redução de Armas Estratégicas que conseguiu ver assinado em 2010 entre Washington e Moscovo. Ficou definido que o arsenal norte-americano e russo só poderiam ter 1550 ogivas nucleares, um corte de cerca de 30 por cento em relação aos limites definidos anteriormente. O Tratado também permite que cada país inspecione a capacidade nuclear do outro.

Obama reuniu-se esta segunda-feira com ainda homólogo russo, Dmitry Medvedev, para discutir estas questões. Referiu ainda que os EUA convidaram a China para trabalhar com Washington e que “a oferta permanece em aberto”.

“Temos um interesse comum em certificar que as normas internacionais em torno da não-proliferação das armas nucleares”, afirmou o Presidente dos EUA, antes da reunião bilateral com o presidente chinês Hu Jintao.

in RTP

Irão anuncia nova fábrica de enriquecimento de urânio

O Irão começou a enriquecer urânio num novo local subterrâneo protegido de quaisquer possíveis ataques aéreos, segundo noticiou este domingo um dos principais jornais do regime, citado pela Associated Press. Ao mesmo tempo, o vice-comandante da Guarda Revolucionária, Ali Ashraf Nouri, garante que as mais altas autoridades daquele país pretendem fechar o Estreito de Ormuz se a exportação de petróleo iraniano for bloqueada. Panetta garante que se o Estreito for fechado os EUA vão “responder”.

Reator nuclear de Teerão, capital do Irão, alegadamente usado apenas para investigação cientifica

Teerão garante que o objectivo da fábrica de enriquecimento de urânio é apenas a produção de energia para uso civil e público, mas os Estados Unidos da América (EUA) e Israel suspeitam que a fábrica subterrânea, no interior de uma montanha, pode vir, no futuro, a produzir armamento nuclear. Há meses que o Irão diz estar a preparar estas instalações para gerar energia.

O Irão tem uma instalação de enriquecimento de urânio em Natanz, no centro do país, onde estão em funcionamento mais de oito mil centrifugadoras desde abril de 2006 e outras, consideradas mais eficazes, em Fordo, as quais o país só deu a conhecer em setembro de 2009.

A nova fábrica estará enterrada a 90 metros da superfície de rocha e será constituída por um túnel reforçado protegido por mísseis de defesa anti-aérea e forças da Guarda Revolucionária, a força militar amis poderosa do Irão. Será localizado a cerca de 20 quilómetros ao Norte de Qom, cidade que representa o centro do sistema religioso que controla o poder político do país.

 “As instalações de Fordo, como Natanz, foram projetadas e construídas no subsolo. O inimigo não terá a capacidade de danificá-lo “, citou este domingo a agência de notícias semi-oficial Mehr.

O anúncio surgiu depois de outro jornal do regime ter citado um comandante sénior da Guarda Revolucionária do país a afirmar que o governo de Teerão decidiu ordenar o encerramento do estratégico Estreito de Ormuz caso as exportações de petróleo do país sejam bloqueadas pela União Europeia, numa tentativa de fazer Teerão desisitr do programa nuclear.

Governo garante que reatores são usados apenas para investigação e produção de energia

O jornal diário Kayhan, com ligações ao clérigo do Irão, noticiou que Teerão teria começado a injetar gás de urânio em centrifugadoras sofisticadas nas instalações de Fordo, perto da cidade sagrada de Qom.

Na primeira página do periódico iraniano, dirigido por um dos representantes do Líder Supremo Ayatollah Ali Khamenei, vinham mesmo as palavras “recebemos informações de que os trabalhos começaram como resposta às ameaças dos inimigos estrangeiros”.

O Irão está sob sanções da ONU por se recusar a interromper o enriquecimento de urânio – que pode produzir combustível nuclear e material cindível para ogivas – e outras atividades suspeitas temidas pela comunidade internacional por poderem ser sinais de fabricação de armas atómicas.

Há dois dias, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou à calma nas relações entre o Irão e o Ocidente, mas sublinhou que Teerão tem de provar que o programa nuclear tem fins pacíficos.

O Khorasan citou ainda o vice-comandante da Guarda Revolucionária, Ali
Ashraf Nouri, a afirmar que a decisão estratégica de fechar o Estreito de
Ormuz foi feita pelas mais altas autoridades do Irão. “As autoridades supremas insitem que se os inimigos bloquearem a exportação do petróleo iraniano, não permitiremos que uma gota de petróleo passe pelo Estreito de Ormuz”, disse Nouri.

Panetta garante que EUA vão “responder” se o Estreito for fechado

Os Estados Unidos da América vão responder se o Irão tentar fechar estrategicamente o Estreito de Ormuz, garantiu Leon Panetta, Secretário da Defesa dos EUA, à cadeia televisiva norte-americana CBS, explicando que tal medida seria “cruzar uma linha vermelha” nas relações entres os dois países.

“Deixamos claro que os Estados Unidos não vão tolerar o bloqueio do Estreito de Ormuz”, disse Panetta, acrescentando que, caso aconteça, “nós vamos responder-lhes”.

Um sexto de petróleo do mundo segue para o mercado Ocidental através do Estreito de Ormuz, na foz do Golfo Pérsico. Os EUA recentemente promulgaram no último dia de 2011 novas sanções ao Banco Central do Irão como resposta ao programa nuclear de Teerão.

EUA adverte América Latina sobre a visita de Ahmadinejad à região

O anúncio coincide ainda com uma viagem de 5 dias do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, à América Latina, onde vai passar pela Venezuela, Nicaragua, Cuba e Equador, uma viagem considerada pelos EUA como uma busca “desesperada” de apoios de um regime “isolado”. A Casa Branca avisou a região sobre os riscos financeiros de negociar com o Irão.

Mahmoud Ahmadinejad na visita oficial à Turquia

O governo de Barack Obama relembrou a nova lei de financiamento do Pentágono promulgada pelo presidente americano a 31 de dezembro e que, pela primeira vez, contempla sanções contra qualquer instituição estrangeira que negoceie com o Banco Central do Irão.

 Washington pede aos governos internacionais que recebam Ahmadineyad que o convidem a sair do “isolamento internacional” e a “cooperar” para escapar ao cerco financeiro imposto pelos Estados Unidos e União Europeia. 

in RTP

LUGARES

Cientistas desenvolvem material metálico mais leve do mundo

Investigadores da Universidade da Califórnia afirmam ter criado, em laboratório, o material metálico mais leve do mundo; a revista Science publicou os resultados e divulga uma fotografia do material a repousar sobre um dente-de-leão, sem o danificar, demonstrando que este metal é mais leve que esferovite.

A revista Science publicou hoje um artigo de investigação da Universidade da Califórnia em que uma equipa de engenheiros da cidade de Irvine afirma ter criado, em laboratório, o material metálico mais leve do mundo, divulgando uma fotografia que pretende confirmar a eficácia da criação, onde um pedaço do material repousa sobre um dente-de-leão sem danificar a frágil estrutura da planta.

William Carter, gerente de materiais arquitetados do laboratório responsável pela pesquisa, comparou o novo material a grandes estruturas de abaixa densidade: “Os edifícios modernos, como, por exemplo, a Torre Eiffel ou a Golden Gate Bridge, são incrivelmente leves e eficientes devido à sua arquitetura”.

Este metal é 100 vezes mais leve que esferovite segundo o comunicado emitido à imprensa pelo próprio grupo de cientistas. Segundo se lê no relatório final da investigação e do desenvolvimento do material, esta inovação redefine os limites dos materiais leves, devido à sua arquitetura celular única.

Permite um comportamento mecânico sem precedentes para um metal, incluindo a recuperação completa depois de sofrer uma compressão superior a 50 por cento de tensão e uma capacidade de absorção de energia extremamente alta.

É que a estrutura criada é 99,99 por cento constituída por ar e é apenas 0,01 por cento sólido. “O truque foi fabricar uma rede interligada de tubos ocos com uma parede de espessura mil vezes mais fina que um cabelo humano”, explica o autor do estudo, Tobias Schaedler, citado pela BBC News. Os tubos são construídos com níquel e colocados sob um padrão diagonal que os cruza deixando pequenos espaços abertos entre eles.

Materiais deste tipo são muito úteis para isolamento térmico, baterias, catalisadores, para a engenharia acústica, e para o amortecimento de energia de choque. A densidade é inferior a 0,9 miligramas por centímetro cúbico. A densidade do aerogel de sílica – o material sólido mais leve do mundo até agora – é de apenas 1,0 mg por centímetro cúbico.

Participaram na investigação Jacobsen, Torrents, Sorensen, Lian, Greer e Valdevit.

in RTP

SABERES