A última edição da GuestList

A nova edição da GuestList é de luxo!

Chegámos ao fim deste projecto inovador que nasceu em 2010.

Ainda bem que fiz parte disto :)

Obama distribui ultimatos por “um mundo sem armas nucleares”

O Presidente norte-americano garantiu hoje, em Seul, que vai prosseguir com o objetivo de atingir “um mundo sem armas nucleares”, dizendo mesmo que os Estados Unidos têm mais bombas atómicas “do que precisam”. Prometeu discutir a questão do controlo de armas com Vladimir Putin numa reunião em maio, fez um ultimato ao Irão e avisou a Coreia do Norte para as consequências que terão novas “provocações”. Barack Obama discursou diante de alunos da Universidade de Hankuk imediatamente antes do início da II Cimeira de Segurança Nuclear, que reúne 53 representantes internacionais na capital da Coreia do Sul.

Falando antes da cimeira que vai decorrer até terça-feira em Seul, Obama discutiu a perspetiva de novas reduções no arsenal nuclear dos EUA, preparando-se para discutir medidas concretas contra a ameaça do terrorismo nuclear com líderes mundiais.

“Falo como um pai que não quer ver as filhas a crescer num mundo com ameaças nucleares”, disse Obama aos estudantes sul-coreanos, que o aplaudiram.

“Já podemos dizer com confiança que temos mais armas nucleares do que precisamos”, disse o Presidente dos EUA aos estudantes da Universidade de Hankuk, prometendo também trabalhar com a Rússia e a China no sentido de também diminuírem os respetivos arsenais.

Lembrou que representa o único país que alguma vez usou armas nucleares, enfatizando a posição privilegiada dos EUA para assumir a vanguarda no sentido da mudança em relação às políticas de segurança, mas acrescentou a necessidade de “um esforço global sustentado e sério”.

Durante a sua intervenção na Universidade de Hankuk, Obama defendeu ainda que o terrorismo nuclear continua a ser uma das principais ameaças globais. Porém, lembrou que, nos últimos dois anos, foram alcançados grandes progressos para dificultar o acesso de terroristas a material para fabrico de armas atómicas.

O Chile entregou urânio altamente enriquecido aos EUA, o Cazaquistão mudou combustível irradiado para um depósito seguro e a Ucrânia transferiu o material nuclear para um local de armazenamento sob a tutela de autoridades russas.

“Mas não temos ilusões. Sabemos que muito material nuclear – suficiente para muitas armas – ainda está a ser armazenado sem proteção adequada”, ressalvou Barack Obama. “Sabemos que os terroristas e os grupos criminosos estão a tentar consegui-lo”, alertou.

Coreia do Norte dominará discussão

A situação na Coreia do Norte deverá dominar a II Cimeira de Segurança Nuclear, apesar de o tema estar fora da agenda oficial. O debate não terá a participação de Pyongyang.
Cimeira de SeulÉ a maior discussão internacional na área de segurança nuclear, com a participação de 47 líderes estatais e de representantes de organizações internacionais (ONU, EU e AIEA e Interpol).

Nos dias 26 e 27 de Maio serão discutidas medidas internacionais de cooperação para combater a ameaça do terrorismo nuclear, proteção de materiais e instalações nucleares e de prevenção do seu tráfico ilícito.

A República da Coreia, como país anfitrião da conferência, irá desempenhar um papel de liderança na coordenação dos pontos de vista dos países participantes sobre as principais questões de segurança nuclear e irá liderar as discussões sobre a elaboração do Comunicado de Seul, o documento final da Cimeira.

A seleção daquele país como anfitrião da Cimeira de 2012 reflete o reconhecimento da comunidade internacional da qualidade da sua tecnologia nuclear e o seu uso para fins pacíficos.

Dirigindo-se diretamente às autoridades da Coreia do Norte, Obama afirmou que os EUA não têm “intenções hostis” em relação ao país, mas que não haverá “recompensas para as provocações”.

Obama alertou Pyongyang que o lançamento de um foguete para pôr um satélite em órbitra irá apenas isolar mais o país, uma vez que a comunidade internacional acredita que se trata de um lançamento de míssil de longo alcance disfarçado. Está anunciado para meados de abril, altura em que se celebra o centenário do ex-líder Kim Il-sung.

Este lançamento contraria um acordo alcançado no mês passado, que estipulava que a Coreia do Norte receberia ajuda alimentar em troca de um congelamento parcial das atividades nucleares e o fim dos testes de armamento.

“Poderão continuar na estrada que estão hoje, mas nós sabemos até onde é que essa estrada vai”, disse Obama, dirigindo-se diretamente aos líderes norte-coreanos. “Hoje, nós dizemos: Pyongyang, tenham a coragem de procurar a paz”.

Obama discursou em conferência de imprensa com o Presidente sul-coreano Lee Myung-bak. “É um padrão com décadas, que leva a Coreia do Norte a pensar que se agir provocadoramente, irá de alguma forma ser subornada para desistir de faze provocações”, explicou Obama. “O Presidente Lee e eu decidimos que vamos quebrar esse padrão.”

A Coreia do Sul avisou que tenciona abater o foguete caso se aproxime demais do seu território. “Estamos a preparar medidas para controlar a trajetória do míssil e derrubá-lo se, por acaso, se desviar da rota planeada e caia no nosso território”, disse um porta-voz do Ministério da Defesa.

Irão sob ultimato

Barack Obama alertou também o Irão que já não resta muito tempo para resolver, por via diplomática, a crise aberta pelo programa nuclear iraniano.

Medo em crescendo
Desde o colapso da União Soviética, em 1991, tem havido preocupações crescentes sobre a possibilidade de materiais nucleares caírem nas mãos de terroristas. Nos EUA, as preocupações foram dilatadas depois dos ataques do 11 de Setembro de 2001. Desde então, Washington e os seus principais aliados estão convencidos de que a Al-Qaeda está a tentar obter material para construir uma bomba nuclear ou radioativa.
Barack Obama estabeleceu altas expectativas num discurso que fez em 2009, em Praga, em que declarou que era hora de procurar “um mundo sem armas nucleares”, e foram os seus discursos proferidos no sentido desse objetivo que lhe garantiram o Prémio Nobel da Paz.
Em abril de 2010, o Presidente dos EUA convocou uma reunião que estabeleceu o objectivo ambicioso de garantir a proteção de todos os materiais nucleares, em todo o mundo, no prazo de quatro anos.
A Cimeira de Seul realiza-se hoje e manhã para criar um novo plano estratégico que permita alcançar esse objetivo. Alguns países veem este processo como altamente intrusivo e uma ameaça à soberania, o que dificulta a discussão.

Acusou o país de ter tomado “o caminho da mentira, negação e engano”, mas garantiu que “ainda há tempo para resolver o problema por via diplomática”: “Eu prefiro sempre resolver as questões de forma diplomática, mas o tempo urge. O Irão terá de agir com a seriedade e o sentido de urgência que o momento pede”.

“Os tratados [internacionais sobre armas nucleares] são vinculativos, as normas são para respeitar e as violações terão consequências”, disse Obama, lembrando que o Irão deve aproveitar a oportunidade que representam as próximas conversações previstas com o G5+1, o grupo que reúne os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Rússia, China, Reino Unido e França – e a Alemanha, que deverão ter lugar no próximo mês, em princípio em Istambul, na Turquia.

Teerão garante que o seu programa nuclear é puramente pacífico, mas Israel e as nações ocidentais acreditam que o país se move em direção à construção de uma bomba nuclear que poderia mudar o equilíbrio regional de poder. Obama pediu a Israel para adiar quaisquer ataques preventivos a instalações nucleares iranianas, de forma a dar mais tempo a possíveis soluções diplomáticas, à base de sanções.

“Hoje, vou reunir-me com os líderes da Rússia e da China, enquanto trabalhamos para alcançar uma resolução na qual o Irão cumpra as suas obrigações”, acrescentou Obama.

Rússia e China negoceiam arsenal nuclear

Na mesma ocasião, o Presidente dos EUA disse que estava ansioso por se encontrar em maio com o recém-eleito Presidente russo, Vladimir Putin, para discutir novos cortes nas armas nucleares.

Obama pretende dar seguimento ao pacto New Start, o Tratado de Redução de Armas Estratégicas que conseguiu ver assinado em 2010 entre Washington e Moscovo. Ficou definido que o arsenal norte-americano e russo só poderiam ter 1550 ogivas nucleares, um corte de cerca de 30 por cento em relação aos limites definidos anteriormente. O Tratado também permite que cada país inspecione a capacidade nuclear do outro.

Obama reuniu-se esta segunda-feira com ainda homólogo russo, Dmitry Medvedev, para discutir estas questões. Referiu ainda que os EUA convidaram a China para trabalhar com Washington e que “a oferta permanece em aberto”.

“Temos um interesse comum em certificar que as normas internacionais em torno da não-proliferação das armas nucleares”, afirmou o Presidente dos EUA, antes da reunião bilateral com o presidente chinês Hu Jintao.

in RTP

Guestlist tmn 10 é à moda de Portugal

Chegou! Já está online a décima edição da melhor revista digital do mundo, com a reportagem da Moda Lisboa, o potencial do site Kickstart, a voz cavernosa de Mark Lanegan, os segredos dos videoclips de Ok Go, uma invenção super geek que envolve portais e teletransporte (ou quase), um ilusionista que mistura fotografia e street art para ultrapassar as fronteiras da realidade, uma análise d’Os Jogos da Fome,  e um tipo meio maluco que decidiu andar da China até à Alemanha.

Militar americano suspeito de ter morto civis estava na quarta missão em combate

O sargento Robert Bales, o militar acusado de matar 16 civis no Afeganistão na semana passada, foi enviado três vezes ao Iraque e estava pela quarta vez em missão de combate, desta vez no Afeganistão, num total de mais de dez anos de serviço, um recorde de combate que no mínimo sugere altos níveis de stresse.

Fontes oficiais do Exército disseram este fim de semana que o número de missões de Bales não era incomum numa força de combate que tem trabalhado num ritmo sem precedentes, com soldados a serem enviados repetidas vezes para as duas guerras em que os EUA estão envolvidos. “Muitos soldados são enviados em quatro missões e não estão a ser acusados de coisas como esta”, disse, em declarações ao The New York Times, o coronel Thomas W. Collins, porta-voz do Exército.

Desde os ataques de 11 de setembro de 2001, mais de 107 mil soldados, dos 570 mil alistados, foram enviados três ou mais vezes para cenários de guerra, afirmou Collins este sábado, dizendo que até há quem tenha sido enviado sete ou oito vezes por fazer parte das Operações Especiais, ainda que por períodos de tempo muito mais curtos. Bales foi enviado para três missões de um ano no Iraque e, na altura das mortes, estava há três meses numa missão de nove meses em Panjwai, no Afeganistão.

Apesar dos crimes dos quais é acusado serem violentos e brutais, os advogados das famílias de militares dizem que a pressão enfrentada por Bales é normal num militar que enfrentou o mais longo período de conflito armado na história do país. Michael Waddington, um advogado para membros do Exército acusados de crimes violentos, disse que o Pentágono não tem recursos para detetar e tratar adequadamente as tropas que sofrem de ansiedades graves e stresse pós-traumático.

“É surpreendente que este tipo de coisas não tenha acontecido antes, dada a quantidade de tempo que estivemos no Iraque e no Afeganistão”, disse ele. Apenas 24 horas depois de a identidade do sargento Bales ter sido tornada pública, surge o perfil de um soldado de 38 anos, casado, pai de duas crianças, no seio de uma família jovem que enfrenta tensões físicas, emocionais e financeiras há 10 anos, num país envolvido em duas guerras.

Segundo publica o jornal The New York Times, é provável que durante as próximas semanas surja um debate em torno da pressão sobre deste sargento e se as quatro missões o terão encaminhado aos crimes que cometeu na aldeia de Panjwai, no sul do Afeganistão. Um argumento que poderá ajudá-lo a defender-se, caso seja julgado em tribunal marcial.

Perfil de Bales sugere lesões de guerra

O militar agora acusado dos assassinatos de 16 civis é um ex-corretor da bolsa de Ohio que se juntou ao Exército logo após os ataques do 11 de setembro de 2001. Nesse ano, foi apresentada uma queixa contra ele por agressão, mas Bales nunca chegou a ser acusado. Robert Bales esteve em combate durante as suas três missões ao Iraque quando foi enviado para combater pela quarta vez, no Afeganistão, num recorde de 1192 dias. Foi ferido duas vezes, incluindo uma lesão grave na cabeça na consequência de um acidente com o seu Humvee no Iraque. O Exército certificou-o como apto para o combate imediatamente antes de o enviar pela quarta vez para a guerra.

O perfil de Robert Bales sugere que, depois de quase 10 anos ao serviço do Exército no estrangeiro com o salário de sargento, estaria com dificuldades financeiras e a chegar a um ponto de ruptura em que a propriedade da família estava em risco de ser penhorada, depois de contrair uma dívida superior a 50 mil dólares. A notícia, embora não fosse inesperada, terá sido um novo golpe para o sargento que estava há três meses em missão no Afeganistão, missão essa que, segundo o blogue da esposa, tinha a esperança de evitar.

“Estava particularmente preocupado com o facto de poder ser enviado para o Afeganistão”, segundo os relatos on-line da sua mulher, que escreveu um blogue durante o ano passado sobre os detalhes da sua gravidez com o marido do outro lado do mundo, as saudades que sentia, o medo de o perder e a decepção do casal quando o marido foi ultrapassado numa possível promoção. Karilyn Bales escrevia sobre a angústia de ter um cônjuge militar com uma casa para gerir, contas para pagar, dois filhos pequenos e o marido a ser enviado em missão de combate repetidas vezes. Grande parte da presença on-line da família parece ter sido removida.

Entretanto, o Exército garante que Bales recebeu dinheiro extra sempre que foi em missão, apesar de esse valor ser de apenas 150 dólares a mais por mês pelo serviço de combate e 250 euros de subsídio de separação, por ser colocado longe da família. A sua remuneração anual, livre de impostos, quando foi colocado numa zona de guerra, incluindo subsídios de alojamento e alimentação, era de cerca de 68 mil dólares, segundo declarou o Exército ao The New York Times, este sábado.

Bales terá dois advogados civis e um militar

O sargento Robert Bales está confinado a uma solitária no centro de detenção militar de Fort Leavenworth, no Kansas, nos EUA, onde chegou na noite de sexta-feira.

Bales é acusado de executar metodicamente 16 civis, incluindo quatro crianças da mesma idade dos seus filhos, em menos de uma hora. De seguida, terá incendiado os corpos e retomado à base para dormir.

O seu advogado, John Henry Browne, disse hoje num comunicado que Bales se alistou no Exército por patriotismo, um mês depois do 11 de setembro, explicando que “não foi uma coisa do tipo ‘Eu vou matar os maus da fita’. Foi ‘Eu vou ajudar o meu país’ “.

O advogado civil vai partilhar a defesa do caso de Bales com Emma Scanlan, também civil, e com um advogado de defesa militar, Major Thomas Hurley. Sobre o caso e a estratégia de defesa, Browne disse apenas que “os relatórios públicos em que os supervisores do Sargento Bales, a família e os amigos o descrevem, desenham o perfil de um soldado equilibrado e experiente”.

in RTP

Resultados provisórios das presidenciais em Timor empurram Ramos-Horta para derrota

Estão conferidos 65,7 por cento dos votos nas presidenciais em Timor-Leste e a segunda volta parece garantida. Tomás Cabral, Diretor Nacional do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), diz, em declarações à RTP, que Francisco Guterres Lu Olo, apoiado pela Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), e Taur Matan Ruak, ex-Chefe das Forças Armadas, vão à frente na contagem. José Ramos-Horta surge apenas em terceiro lugar. Até agora nenhum candidato conseguiu mais de 50% dos votos, o que faz prever uma segunda volta já em Abril.

O atual Presidente de Timor-Leste parece ficar para trás nesta candidatura à reeleição, o que, tendo em conta a campanha eleitoral minimalista e as suas declarações à boca da urna, não surpreende. Nestas segundas eleições desde que o país conseguiu a independência há dez anos, e as primeiras totalmente organizadas pelo país, Ramos-Horta falou aos jornalistas, após exercer o direito de voto, sobre os planos para um futuro fora da presidência.

“Perder as eleições seria uma vitória, porque ganho a minha liberdade pessoal”, declarou. “Não querendo dizer que me esquivo de possíveis responsabilidades”, acrescentou o Presidente, pondo a hipótese de continuar a trabalhar ativamente na política e mencionando a possibilidade de se candidatar às legislativas.

O STAE disse, em direto na televisão pública, que Francisco Guterres Lu Olo, apoiado pelo principal partido da oposição, a Fretilin, lidera a contagem por 28,49 por cento dos votos, seguido pelo ex-chefe das Forças Armadas e líder guerrilheiro Taur Matan Ruak, apoiado pelo Conselho Nacional da Reconstrução (CNRT) de Timor Leste e pelo primeiro-ministro Xanana Gusmão, com 25,05 por cento.

Ramos-Horta, Nobel da Paz em 1996 e figura-chave na luta de Timor-Leste pela independência, conta com 18,23 por cento dos votos. Em quarto lugar surge Fernando La Sama de Araújo, atual presidente do Parlamento Nacional e líder do Partido Democrático, com 17,48 por cento dos votos. Os resultados completos deverão ser anunciados esta segunda-feira.

Os dois primeiros colocados, num grupo de 12 candidatos, vão disputar a segunda volta em meados de abril. Fiscais, observadores e público garantem a transparência da contagem de votos.

Lu Olo “contente” e “confiante” para segunda volta

“Apesar de tudo, especialmente da alta abstenção, Francisco Guterres Lu Olo está contente com o resultado, que naturalmente seria melhor se a participação fosse maior”, afirmou hoje o porta-voz da sua candidatura, José Teixeira. “Está confiante para a segunda volta”, acrescentou.

A “equipa de sucesso” por detrás do candidato que lidera a contagem de votos no dia seguinte às eleições, “já está a preparar a estratégia para assegurar a vitória”, disse José Teixeira.

Os dados provisórios do STAE indicam que já foram contados 411.632 votos e os números da abstenção ainda não foram oficialmente divulgados. Mais de 625 mil eleitores timorenses foram chamados às urnas para eleger o terceiro Presidente do país desde a restauração da independência a 20 de maio de 2002, este sábado, dia 17 de março. Até agora, 16.341 boletins de voto (2,61 por cento) foram considerados nulos e 5.989 pessoas votaram em branco (0,96 por cento).

Taur Matan Ruak diz que povo está de parabéns

“As eleições foram pacíficas, serenas, ordeiras e com um alto grau de civismo. O nosso povo está de parabéns e a comunidade internacional também”, disse Taur Matan Ruak.

Segundo o general, que falava em conferência de imprensa, qualquer que seja o resultado “é a democracia de Timor Leste que fica a ganhar”, salientando ainda que conta com os seus apoiantes para continuar o processo de aprofundamento da unidade no país.

O candidato não comentou os resultados provisórios e disse que ainda não recebeu indicações sobre quem passa à segunda volta.

“O mundo deve orgulhar-se de Timor-Leste”

Paulo Portas refere que o caso timorense prova que é possível vencer quando se luta pelas causas e pelos valores certos. “Os timorenses comemoram dez anos de independência, uma luta de enorme dignidade. É muito importante que o mundo possa orgulhar-se de um caso de sucesso na comunidade internacional”, declarou à RTP o ministro dos Negócios Estrangeiros.

“Depois de muito sofrimento, é a prova de que quando se luta pelas causas e os valores certos, pode demorar muito tempo, mas consegue-se uma vitória”, disse Paulo Portas, saudando um povo que luta pela “pluralidade e democracia.”

Recuperar a confiança na liderança e nas instituições

A eleição é vista pela comunidade internacional como um teste crucial para saber se o país mais jovem e mais pobre da Ásia pode manter a estabilidade e construir confiança para desenvolver a economia.

No fim de um mandato presidencial de cinco anos, num país que acabou de sair de uma crise política-militar, Ramos-Horta saudou o povo, que “sofreu muito e ficou muito desiludido connosco em 2006”, ano que iniciou um conflito entre elementos do exército contra discriminações no seio militar, e se expandiu para uma guerra civil centrada na capital, Díli, obrigando a uma intervenção militar de outros países.

“Contribuí com algo para recuperar a fé do povo em relação à liderança e às instituições”, acrescentou o presidente que sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 2008.

Ramos-Horta decidiu adiar a sua declaração oficial para segunda-feira, dia em que serão declarados os resultados finais. “O Presidente da República adiou a sua declaração à Nação para segunda-feira às 11h00 locais (2h00 em Lisboa). Ocasião em que elogiará o civismo com que decorreram as eleições e comentará os resultados”, disse à agência Lusa fonte do gabinete de imprensa da Presidência timorense.

O presidente desempenha um papel apenas representativo na política, mas é vital para projetar estabilidade em Timor-Leste, que tem reservas de petróleo na zona costeira, mas enfrenta fortes dificuldades para desbloquear a sua riqueza. As reservas são objeto de uma disputa com a Woodside Petroleum, empresa de exploração da Austrália, que lidera um consórcio de desenvolvimento do projeto Greater Sunrise. A empresa australiana quer construir uma plataforma flutuante e Timor-Leste insiste numa central construída na costa, que crie mais postos de trabalho para o povo timorense.

in RTP